domingo, setembro 28

Definhar

Venho me sentindo morta, todas as alegrias efêmeras, todos os sorrisos forçados, todas as gargalhadas de desespero. Um forte sentimento de solidão, um aperto no fundo da garganta, suspiros despejados pelos cantos, um arrastar de ombos contra a gravidade, a alma caída, o ânimo de prosperar findado, a vida em geral, perdida.

Pergunto aos meus botões, que me trará felicidade? Que preencherá o vazio que vai no coração? Não busco por dinheiro, nem por amor, nem por companhia. Não busco as coisas vãs nem os risos alheios. Não busco por nada, e por nada buscar, não vejo alegria nos meus olhos. Não vejo alegria, pois eles não se abrem mais, como eu já disse, estou morta por dentro, apenas definhando por fora.

quarta-feira, setembro 24

Nos ouvidos surdos

Quando o riso contagia
nessa louca tortura
nesse delírio enojante
o viver de passados 
podridão na alma
cansaço de fazer bem
um maldito desejo
uma morte perene
e a sensação de sentir
que a morte é próxima
que da vida nada se leva
nem releva

segunda-feira, setembro 22

Masturbação

Tava me sentindo depressiva
com vontade de chorar e tudo
os olhos ardendo, mas secos
a música boa nem me animava
de tanto em tanto a solidão me pega
se eu sou dessas de sofrer sozinha?
não posso negar o fato
desci a mão pelos seios
acariciei a barriga
senti arrepios
usei dos dedos seu tato
um gozo propiciei
continuo sozinha, foda-se

já estou animadinha!

sexta-feira, setembro 12

Banido

Tinha nos olhos o brilho da saudade
Compunha inspirado em dores
trazia no peito os dedos apertados
sorria seus dentes tortos, chorava
Incompreendido logrou muitas esperanças
Acabou sozinho e abandonado
no meio dos que diziam lhe amar
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